sábado, 2 de abril de 2011

Quem foi Walter Benjamin?

E esse foi o alemão Walter Benjamin (1892-1940), o filósofo da melancolia, o fino crítico marxista que, em vida, penou pelo reconhecimento de seus pares. Morto, tornou-se objeto de veneração acadêmica a partir dos anos 60, por obra de um de seus amigos (e velado rival), o também filósofo Theodor Adorno. Tornou-se ídolo, foi lido e discutido — muitas vezes de forma destrambelhada. Já era de se esperar: a consagração póstuma torna-se mais um capítulo da longa história de equívocos que sempre rondaram a existência do filósofo.
Nascido em Berlim, filho de um rico antiquário de origem judaica, Benjamin tinha uma verdadeira paixão colecionadora. Colecionava, entre outras coisas, livros infantis e citações. "Citações em meu trabalho são como salteadores no caminho, que irrompem armados e roubam ao passante a convicção", escreveu de forma lapidar em Rua de Mão Única, obra em que seu pensamento adquire uma forma surrealista de montagem de textos.

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